Ascendance of a Bookworm - Cap 3
Capítulo 3
Três dias depois, minha febre finalmente caiu e, finalmente, minha refeição começou a passar pela minha garganta. Minhas refeições diárias são uma sopa levemente salgada com vegetais fatiados, o que é fácil de digerir para alguém doente.a
Já estou me acostumando a ser chamada de Myne. A partir de agora devo viver como Myne.
''Myne, já terminou?''
''Sim''
Eu entreguei os talheres vazios para Tory.
Aqui não existe banheiro, você faz suas necessidades no próprio quarto e depois as joga pela janela. Absurdo essa vida!
Infelizmente não tenho muito o que fazer e não seria prudente pular pela janela. O lado de fora não parece ser muito seguro, não sei se existem abrigos ou um instituto da criança e do adolescente, também não acho que melhoraria muito minha situação.
Preciso arrumar um jeito de melhorar o ambiente onde vivo, e arranjar um livro claro. Por isso decidi me levantar e explorar a casa hoje. Não leio um livro há tanto tempo que estou prestes a ter sintomas de abstinência. Deve ter algum livro infantil nesta casa, mesmo se eu não fo capaz de ler nesse idioma, pode admirar figuras e desenhos.
A porta abriu lentamente e voltei para a cama, era Tory, ela anda me vigiando para eu não sair imprudentemente do quarto
''Se eu fosse maior poderia passar por ela'' murmurei
''O que você disse?'' Perguntou Tory
''Ah, eu só queria ser maior''
Tory disse: ''Se você ficar saudável novamente você vai crescer!Você é tão doente que mal come, mesmo tendo 5 anos as pessoas acham que você tem 3.''
Então eu tenho 5 anos, bom saber.
''Tory, você tem quantos anos?''
''Tenho 6 anos, mas todos acham que sou mais velha por ser um pouco grandinha.''
Nós temos apenas 1 ano de diferença, mas a discrepância entre nosso física é considerável, mas não posso desistir, vou me alimentar bem e cuidar da minha saúde.
''Mamãe foi trabalhar, então eu vou lavar a louça, fique aqui!'', disse Tory
Tenho agido obediente desde que sou Mynen tenho esperado pacientemente uma oportunidade de sair deste quarto.
Tory fechou a porta. Parece que as residencias em si não possuem água, então deve haver um poço ou fonte público, então provavelmente ela demoraria um pouco.
''He he he, vou sair do quarto!''
Saí da cama descalça, Tory havia confiscado meus sapatos para que eu não saísse por aí, mas não posso me dar ao luxo de me preocupar com a profanação do chão sujo em meus pezinhos no momento.
No quarto onde eu estou há duas camas, três caixas de madeiras com roupas e coisas diversas. Do lado da cama tem uma cesta com alguns brinquedos de madeira, mas nada de livros.
Continuei andando pelo chão sujo do quarto. Os custumes do Japão estão tão enraízados em mim que vai ser difícil me adaptar a essa realidade. Mas vivendo como Myne, vu ter que me acostumar com muita coisa.
E então meu primeiro obstáculo, a porta. Mesmo ficando na ponta dos pés mal alcanço a maçaneta, olhei ao redor em busca de algo que service como um banquinho.
Se eu fosse adulta, seria fácil mover as caixas, afunilando mais minhas opções decidi usar a roupa de cama dos meus pais. Eu definitivamente não colocaria os meus nesse chão, mas meus pais já estão acostumados a viver sob a miséria que provavelmente não vão se importar. Tudo para eu achar um livro, deixar meus pais tristes é um problema menor.
Na ponta dos pés abri a porta, a qual bateu com força na minha testa e me fez cair. Essa dor é só mais um sacrifício na busca por um livro. Saindo do quarto encontrei a cozinha, no canto havia um forno com ferro fundido em cima e algo que parecido com uma frigideira pendurado na parede próxima. O varal ficava na cozinha. Quanta falta de higiene!
A cozinha não parecia um local propício para achar um livro, então abri as outras portas, mas foi em vão.
Um apartamento com dois quartos e uma cozinha, mas sem banheiro, água corrente e prateleiras de livros!
Seriam livros caros nesse mundo? Na Terra, antes da invenção de máquinas que pudessem imprimir livros. Livros eram restritos somente ao mais alto nível da nobreza.
''Droga, eu só preciso de palavras.''
Mas não havia nada, panfletos, jornais, revistas, calendário... Nada.
Comecei a chorar. Eu quero um livro, eu quero ler, por acaso a alguém neste mundo que me entenderia! Onde eu poderia encontrar minha única fonte de prazer e minha razão de viver, eu só queria poder ler novamente